A bermuda, aquela peça que muitos associavam a um clássico do guarda-roupa masculino ou a um uniforme de férias, voltou com força total — e de um jeito que talvez você não esperasse. Quem está conduzindo essa volta? A Geração Z, com seu jeito único de desconstruir padrões e criar estilos autênticos que não cabem em nenhuma caixa.

Não se trata apenas de conforto ou praticidade — embora isso tenha seu peso, especialmente nos dias quentes. A bermuda, nas mãos dos jovens da nova geração, virou uma peça de atitude, um símbolo silencioso de uma moda que não precisa se explicar, que mistura referências vintage, streetwear, influência esportiva e toques sofisticados.

A aposta da Geração Z é em bermudas oversized, de alfaiataria com comprimento midi ou versões curtinhas com tecidos tecnológicos, que combinam com tênis robustos, botas ou até sandálias minimalistas. A peça dialoga tanto com o visual mais casual quanto com propostas mais elaboradas, carregadas de personalidade.

Essa redescoberta da bermuda também reflete um movimento maior: o resgate do vestuário confortável sem abrir mão da expressão estética. Na era pós-pandemia, a moda ganhou outra dimensão — não é só o que você veste, mas como essa roupa conversa com sua liberdade, seu corpo e sua identidade.

Além disso, a bermuda tem sido um espaço para experimentação de gênero. Cada vez mais, ela deixa de ser vista como peça exclusivamente masculina e se expande para todos os corpos, desconstruindo velhos estigmas e abraçando a pluralidade. E isso é potência.

O retorno da bermuda em 2025 não é apenas uma tendência passageira. Ela chega inserida num contexto social e cultural que valoriza a autenticidade, a quebra de regras e a valorização do conforto consciente. É um convite para repensar o guarda-roupa — e talvez, para se permitir mais liberdade na forma de se vestir.